A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório que aponta um aumento na repressão do governo de Nicolás Maduro após as eleições realizadas na Venezuela. Segundo o documento, houve um aumento significativo no número de prisões arbitrárias, perseguições políticas e violações aos direitos humanos.
- O relatório da ONU ressalta que a repressão começou a intensificar-se após as eleições presidenciais de 2018, quando Maduro foi reeleito em uma votação considerada ilegítima por parte da comunidade internacional.
- De acordo com os dados levantados pela ONU, desde então, pelo menos 15 mil pessoas foram presas por razões políticas na Venezuela, e muitas delas foram submetidas a tortura e maus-tratos nas mãos das forças de segurança.
- O relatório também denuncia a atuação de grupos paramilitares leais ao governo, conhecidos como “coletivos”, que têm sido responsáveis por violências e intimidações contra opositores políticos e defensores dos direitos humanos.
O documento da ONU destaca que a repressão do governo Maduro tem como alvo principalmente líderes políticos da oposição, jornalistas, defensores dos direitos humanos e membros de organizações da sociedade civil. Além disso, o relatório denuncia a falta de independência do sistema judiciário venezuelano, que tem sido utilizado para processar e condenar opositores políticos do regime.
Os dados apresentados pela ONU mostram um agravamento da situação dos direitos humanos na Venezuela, que já vinha sendo denunciada por organizações internacionais há anos. A repressão do governo Maduro, aliada à grave crise econômica e social que assola o país, tem gerado um êxodo em massa de venezuelanos em busca de melhores condições de vida em outros países.