Origem da rivalidade entre Israel e Irã: uma análise histórica

Origem da rivalidade entre Israel e Irã: uma reflexão histórica

A relação entre Israel e Irã é marcada por uma longa história de conflitos e rivalidades. Os dois países compartilham uma afinidade cultural e religiosa, sendo ambos de maioria muçulmana, mas divergem em questões políticas e ideológicas.

A rivalidade entre Israel e Irã pode ser rastreada até o século VII, com a expansão do Islã na região. Naquela época, territórios hoje pertencentes a ambos os países estavam sob domínio do Império Persa. A partir do século XIX, com a queda do império e a crescente influência de potências coloniais europeias na região, ambos os países vivenciaram mudanças políticas e sociais importantes.

A questão da Palestina e a criação do Estado de Israel em 1948 foram eventos cruciais para a aproximação e rivalidade entre os dois países. Os iranianos – que na época viviam sob regime monárquico – apoiaram a criação do Estado judeu, enquanto que os vizinhos árabes, incluindo a Palestina, se opuseram veementemente.

A relativa estabilidade na região a partir dos anos 60 e 70 permitiu que Israel mantivesse laços comerciais com o Irã, que naquela época estava sob regime do Xá Reza Pahlavi. No entanto, isso mudou com a Revolução Iraniana de 1979, que instalou um regime teocrático e radicalmente anti-Israel em Teerã.

Desde então, os dois países têm confrontado diretamente ou por meio de seus aliados em diversos conflitos e crises, como a Guerra do Líbano, o conflito sírio e o recente acordo nuclear. Iran e Israel se rivalizam pela hegemonia regional e também têm visões políticas e religiosas diametralmente opostas, o que dificulta a resolução de conflitos e aproximação mútua.

Assim, a rivalidade entre Israel e Irã engloba várias dimensões, desde uma longa história de disputas territoriais e políticas até diferenças ideológicas e religiosas. A situação atual é marcada por tensões e conflitos, mas certamente contém potencial para diálogos e soluções pacíficas caso ambos os países estejam dispostos a superar suas diferenças históricas. Fonte: G1.

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