Nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, apesar da diminuição no número de crianças trabalhadoras, ainda há 1,6 milhão de jovens afetados no país. Os dados recentes mostram uma queda de 21,3% nesta realidade em relação a 2016, quando o número chegava a 2 milhões de crianças. Essa é uma realidade preocupante, que impacta diretamente o desenvolvimento e a qualidade de vida desses jovens.
De acordo com os dados da pesquisa, dos 1,6 milhão de crianças trabalhadoras, 56,2% são meninos e 43,8% são meninas. Os jovens de 16 e 17 anos representam a maior parcela, com 66,3% do total, seguido dos jovens de 14 e 15 anos, com 21,6% e dos jovens de 10 a 13 anos, com 12,1%.
Segundo a pesquisa, a maioria das crianças trabalhadoras (64,1%) atua na agricultura, enquanto 16,6% estão no comércio e 8,4% nos serviços domésticos. O restante está dividido entre a construção civil (3,4%), a indústria (2,1%) e outros setores (5,4%).
Os estados que concentram o maior número de jovens trabalhadores são o Ceará, com 11,8% do total, a Paraíba, com 10,1%, e o Pará, com 9,8%. No recorte por região, o Nordeste apresenta o maior número de crianças trabalhadoras, com 43,2% do total.
Apesar da melhora nos números, o trabalho infantil ainda é uma realidade preocupante e que deve ser combatida de forma incisiva. É preciso oferecer melhores condições para o desenvolvimento e educação desses jovens, garantindo um futuro mais promissor e digno para eles. O problema começa em nossa sociedade, mas pode ser combatido por cada um de nós, respeitando acima de tudo, os direitos de cada criança. Cabe a todos nós fazer a nossa parte e garantir um futuro melhor para esses jovens.
Fonte: G1