Iniciando o mês de dezembro, o governo federal anunciou que não irá adotar o horário de verão neste ano. A decisão foi tomada após meses de estudos que mostraram uma economia insuficiente de energia elétrica e os impactos negativos no dia a dia da população. A medida foi discutida pelo presidente do país, Jair Bolsonaro, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e confirmada pelo porta-voz da República, Otávio do Rêgo Barros, na última sexta-feira (3).
Além das análises técnicas, a decisão do governo também levou em conta os resultados das pesquisas de opinião realizadas com a população. Houve grande insatisfação entre os brasileiros com a mudança de horário, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país, que não somam um fuso horário diferenciado.
A mudança no horário de verão era discutida desde o início do ano, quando o presidente Jair Bolsonaro mostrou sua intenção de cancelar a medida. A proposta era manter a situação do ano passado, quando o horário de verão não foi adotado em grande parte do país, mas ainda assim Bolsonaro queria ouvir os estudos do Ministério de Minas e Energia para tomar sua decisão.
O horário de verão foi implantado no Brasil em 1931, com a finalidade de aproveitar melhor a iluminação natural durante o verão e, consequentemente, economizar energia elétrica. A medida já passou por períodos de adaptação, alterações no início e fim e até mesmo grandes polêmicas. Este ano, o governo decidiu manter o horário padrão durante todo o ano, sem alterações no relógio.
Impactos negativos no dia a dia
Com o horário de verão, a população precisava adiantar o relógio em uma hora, o que gerava uma série de problemas no dia a dia. Diversas pessoas relataram dificuldades para dormir e problemas de saúde, principalmente nos primeiros dias de adaptação. Além disso, as atividades cotidianas como horários de trabalho e rotas de transporte público também eram afetados com a mudança.
Outro impacto negativo relatado pelos brasileiros diz respeito à economia. Estudos mostraram uma economia de apenas 0,5% na conta de energia elétrica durante o período do horário de verão. A medida, que tinha como objetivo economizar recursos em tempos de crise energética, não teve o resultado esperado e acabou gerando prejuízos para empresas e a população.
A decisão do governo em não adotar o horário de verão neste ano alivia a preocupação da população, que sofria com os impactos do adiantamento do relógio. Apesar de não ser uma decisão definitiva, a medida não será adotada até a próxima análise a ser realizada pelo governo.
