Um importante líder religioso turco faleceu aos 83 anos de idade. Fethullah Gülen, que foi acusado de supostamente conspirar contra o governo turco em um golpe militar em 2016, morreu em sua residência na Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Gülen, que tinha uma enorme base de seguidores, era visto como uma ameaça pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. O clérigo havia sido condenado à prisão perpétua à revelia, mas negou qualquer envolvimento no planejamento do golpe e sempre manteve sua inocência.
O falecimento do líder religioso foi anunciado por sua fundação, a Alliance for Shared Values, que não especificou a causa da morte. Com o falecimento de Gülen, acredita-se que seu movimento religioso não terá mais um líder carismático para liderá-lo.
O golpe liderado por militares em 2016 deixou mais de 250 mortos e feriu mais de 2 mil pessoas. O país enfrentou uma série de purgas intensas desde então, com milhares de pessoas sendo presas ou demitidas de seus empregos sob a acusação de terem ligações com o movimento de Gülen.
O presidente Erdogan, que nega as acusações de perseguição política, classifica o movimento de Gülen como uma organização terrorista e tentou, sem sucesso, extraditar o clérigo dos EUA para enfrentar julgamento na Turquia.
Após o anúncio da morte de Gülen, a Turquia suspendeu os serviços públicos de transporte em sua cidade natal, onde os moradores estavam em choque e tristes com a notícia. Apesar das tensões entre o governo turco e o movimento de Gülen, muitos de seus seguidores ainda o consideravam como um líder espiritual e moral.
Fonte: G1