Mercedes-Benz condenada a pagar R$ 40 milhões por assédio moral associado ao culto ao capacitismo e isolamento

Montante de R$ 40 milhões condenado a Mercedes-Benz por conduta desrespeitosa relacionada à discriminação e exclusão baseadas em meritocracia

A montadora de veículos Mercedes-Benz foi condenada a pagar R$ 40 milhões após uma decisão judicial sobre um processo movido pelo Ministério Público do Trabalho do Estado de São Paulo. A justiça considerou a empresa culpada por promover um ambiente de trabalho hostil, onde o assédio moral foi amplamente praticado, associado ao culto ao capacitismo e isolamento de alguns funcionários.

O Ministério Público do Trabalho do Estado de São Paulo moveu o processo após receber denúncias de funcionários que relataram terem sofrido discriminação e exclusão no ambiente de trabalho. Segundo as investigações, grande parte das equipes de trabalho eram formadas por pessoas com deficiência que eram constantemente submetidas a cobranças excessivas e humilhações por parte dos superiores.

Ao longo do processo, ficou comprovado que a empresa adotava a estratégia de valorizar apenas os funcionários que estivessem de acordo com as habilidades e características consideradas ideais para o cargo, deixando de lado aqueles que possuíam alguma deficiência. Além disso, os empregados com deficiência eram isolados em determinada áreas e impedidos de participar de atividades ou decisões importantes.

De acordo com a decisão judicial, o valor de R$40 milhões será destinado a projetos que visam a inclusão e valorização das pessoas com deficiência no ambiente de trabalho. A Mercedes-Benz também é obrigada a adotar medidas que combatam o preconceito e a discriminação no ambiente de trabalho, além de promover cursos e treinamentos para conscientizar todos os funcionários sobre a importância de uma cultura inclusiva.

Em nota oficial, a empresa se manifestou sobre o caso e afirmou que não compactua com qualquer tipo de preconceito ou discriminação e que está empenhada em promover um ambiente de trabalho igualitário e respeitoso para todos os seus funcionários.

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *