Júri dos EUA determina que a Johnson & Johnson seja condenada a pagar US$ 15 milhões a um homem que alega ter desenvolvido câncer devido ao uso de talco.

Júri americano ordena que Johnson & Johnson pague indenização de US$ 15 milhões a homem que alega ter câncer por uso de talco

O tribunal de St. Louis considerou a empresa responsável pelo desenvolvimento da doença em residente de Missouri.

Um júri de St. Louis, nos Estados Unidos, decidiu que a Johnson & Johnson deve pagar uma indenização de US$ 15 milhões para um homem que afirma ter desenvolvido câncer devido ao uso de talco da marca. O processo foi iniciado por um homem do Missouri, que alega ter contraído câncer de pulmão após usar o produto durante décadas.

A Johnson & Johnson, multinacional do setor de saúde e beleza, foi considerada culpada por negligência em relação aos perigos do talco para a saúde humana. Nesse caso, a empresa terá que pagar US$ 5 milhões por danos reais e outros US$ 10 milhões por danos punitivos.

O réu, Terry Leavitt, 62 anos, foi diagnosticado com um tipo agressivo de câncer de pulmão em 2017. Segundo seu advogado, a doença foi resultado de décadas de uso de talco da Johnson & Johnson, que estava presente em produtos de higiene pessoal, como o talco infantil. O processo alega que a empresa já sabia dos riscos à saúde, mas não alertou o público nem substituiu o uso do talco por alternativas mais seguras.

Em mais uma derrota para a gigante de saúde, a decisão do júri americano reafirma os estudos que ligam o talco ao aumento do risco de câncer. Mesmo com a empresa afirmando que os produtos são seguros, esse é o segundo caso em poucas semanas em que a Johnson & Johnson é considerada culpada por não informar os consumidores sobre os perigos do talco.

De acordo com as leis vigentes no Missouri, quando o assunto é indenização por danos punitivos, o valor determinado pelo júri pode ser reduzido ou aumentado pelo tribunal. Além disso, estima-se que existam mais de 14 mil casos pendentes relacionados ao talco da Johnson & Johnson nos Estados Unidos.

Fonte: G1

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