De acordo com o ativista Julian Assange, em depoimento ao Conselho da Europa, ele se declarou culpado por exercer a profissão de jornalista. A afirmação foi feita em meio ao pedido de extradição para os Estados Unidos, onde ele é acusado de ter conspirado para obter e publicar informações secretas concedidas por uma ex-analista de inteligência do país.
Assange ressaltou que sua prática de jornalismo foi essencial para a divulgação de informações de interesse público, como a violação de direitos humanos e casos de corrupção. Ele alegou ainda ter sido vítima de uma tentativa de calar sua voz e reprimir a liberdade de imprensa.
O fundador do Wikileaks afirmou que, ao contrário do que alegam as autoridades americanas, ele não teria invadido ou hackeado sistemas de informação, mas sim recebido as informações da fonte e as publicado, exercendo sua atividade jornalística.
Já o governo dos EUA argumenta que ele não é um jornalista tradicional, por não ser filiado a uma empresa de comunicação estabelecida, e por utilizar métodos ilegais na obtenção de informações confidenciais.
A audiência sobre o pedido de extradição de Julian Assange foi realizada em fevereiro de 2020, mas a decisão final ainda não foi determinada. O ativista encontra-se preso no Reino Unido desde 2019, após passar sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres. A fonte original desta notícia é o G1.