Jovem brasileiro narra fuga de aldeias atacadas no Líbano: ‘Vivenciamos bombardeios durante a trajetória’
Segundo relato de um jovem brasileiro que conseguiu fugir de aldeias que foram alvo de bombardeios no Líbano, a situação no país é cada vez mais caótica. O conflito entre Israel e o grupo militar libanês Hezbollah tem deixado a população aterrorizada e em constante perigo.
Durante a fuga, o jovem, que preferiu não se identificar, presenciou os ataques aéreos que atingiam as aldeias e as pessoas que estavam tentando escapar. “O cenário era desesperador, um misto de gritos e explosões. Parecia que o fim do mundo estava próximo”, conta.
As imagens da guerra, que são exibidas com frequência nos noticiários, estão longe de mostrar toda a angústia e sofrimento vividos pela população. O jovem relata que a jornada de fuga foi tensa e cheia de percalços.
Início da fuga
Os ataques começaram a aumentar cada vez mais nas aldeias, e a família do jovem decidiu seguir para uma cidade vizinha, em busca de abrigo. A caminhada foi longa e perigosa, já que durante todo o trajeto os bombardeios eram uma constante.
“Tivemos que caminhar no meio da noite, pois era a única forma de passar despercebidos pelos ataques. Foi muito arriscado, mas a única chance de sobrevivência”, relata o jovem.
Cenas de horror
Ao longo do caminho, o jovem e sua família se depararam com cenas chocantes, como casas destruídas e corpos espalhados pelo chão. “Eu nunca tinha visto tanta destruição e morte na minha vida. Era muito triste e perturbador”, afirma.
O grupo também encontrou diversas outras pessoas tentando fugir da região, em meio ao caos e desespero geral. “Várias famílias com crianças pequenas estavam correndo sem rumo, sem saber aonde ir ou como sobreviver”, conta.
Medo constante
O jovem conta que o maior medo durante a fuga era ser atingido por algum ataque aéreo. “Nós nos escondíamos sempre que ouvíamos os aviões se aproximando. Não dava para saber quando e onde eles iriam atacar”, diz.
Após uma longa jornada, o grupo finalmente conseguiu chegar à cidade vizinha, onde buscaram abrigo e ajuda. Mas, mesmo assim, o medo e a preocupação ainda não acabaram. “A guerra está longe de terminar, e não sabemos o que ainda pode acontecer”, finaliza o jovem brasileiro.
Fonte: G1