O grupo palestino Hamas relatou nesta sexta-feira (14) que pelo menos 73 pessoas morreram na cidade de Beit Hanoun, no norte de Gaza, durante a última ofensiva israelense. O bombardeio aconteceu após o lançamento de foguetes pelo Hamas contra as cidades israelenses próximas à fronteira com Gaza. No entanto, as autoridades israelenses questionam esses números e alegam que eles estão “inflacionados”.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qudra, entre os mortos estão 17 crianças e 12 mulheres. O bombardeio também deixou mais de 200 feridos. O ataque aconteceu após o governo israelense afirmar que o Hamas havia lançado mais de 1.500 foguetes contra Israel.
“A cidade de Beit Hanoun foi duramente atingida. Há mais de uma semana que estamos sob uma chuva de fogo, sem interrupção”, disse um residente à agência de notícias AFP.
A escalada da violência
A tensão entre Israel e Palestina aumentou nas últimas semanas após um confronto na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, durante o Ramadã. As forças israelenses lançaram bombas de gás lacrimogêneo e entraram em confronto com palestinos que estavam no local para as orações do Eid al-Fitr, marcando o fim do mês sagrado para os muçulmanos.
No início desta semana, o Hamas lançou foguetes contra as cidades israelenses próximas à fronteira com Gaza em retaliação à ação israelense em Jerusalém. Israel, por sua vez, respondeu com uma ofensiva aérea em Gaza, causando destruição e morte.
Questionando os números do Hamas
As Forças Armadas de Israel questionam os números de mortos relatados pelo Hamas, afirmando que a organização terrorista tem o hábito de inflar as estatísticas para ganhar apoio internacional.
“Em média, um terço dos mortos gazaenses listados pelo Ministério da Saúde do Hamas são terroristas e não civis. Hoje havia sete deles”, escreveu o porta-voz da Defesa de Israel, Avichay Adraee, em sua conta no Twitter. “Uma das maiores mentiras nos mapas de fatalidades é a apresentação falsa de que os mortos são todos civis a não ser que Israel prove que eles são terroristas. Isto é uma farsa”, acrescentou.
Ao todo, desde o início da escalada da violência, em 10 de maio, o Ministério da Saúde de Gaza informou que 119 pessoas foram mortas e mais de 600 ficaram feridas. Do lado israelense, foram registradas oito mortes. A maior parte dos ataques é realizada por Israel, que possui um sistema de defesa antimísseis de alta tecnologia, enquanto o Hamas não possui defesas similares.
Fonte: G1