Grupo J&F recusa assinar contrato para assumir distribuidora de energia do Amazonas e solicita nova reunião da Aneel

J&F não aceita contrato e pede reunião com Aneel para assumir distribuidora de energia no Amazonas

O grupo J&F informou nesta terça-feira (4) que se recusa a assinar o contrato de concessão da distribuidora de energia do Amazonas e solicitou uma nova reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A distribuidora, que foi destituída do Grupo Eletrobras em dezembro de 2020, seria assumida pelo grupo J&F, responsável pela criação da empresa de energia JBS (Jatobá-Biodiesel). No entanto, o grupo informou que após analisar o contrato enviado pela Aneel, identificou “diversas inconsistências e condicionantes desfavoráveis ao interesse social e econômico da população do Estado do Amazonas”.

Uma das maiores preocupações do J&F é a cláusula que prevê que a distribuidora terá limitação do lucro em R$ 50 milhões por ano. Para o grupo, esse valor é muito baixo e pode comprometer a viabilidade econômica da empresa no longo prazo. Além disso, o contrato também estabelece uma série de obrigações e penalidades que, segundo o grupo, podem inviabilizar o negócio.

Por isso, o J&F interpôs recurso e solicitou uma nova reunião com a Aneel para discutir as condições do contrato e buscar soluções que sejam justas e adequadas para a empresa e para a população do Amazonas. O órgão regulador ainda não se posicionou sobre o pedido do grupo.

O processo de transferência da concessão da distribuidora de energia do Amazonas já vinha sendo discutido desde 2019, quando foi firmado um acordo entre o governo federal, a Eletrobras e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O objetivo era melhorar a prestação de serviços de energia elétrica no estado, que enfrenta sérios problemas de abastecimento.

Ao assumir a distribuidora de energia do Amazonas, o grupo J&F se comprometeu a investir mais de R$ 300 milhões em melhorias na infraestrutura da empresa. No entanto, com as condições do contrato impostas pela Aneel, o grupo afirma que pode não ser possível cumprir com esses investimentos e atender às expectativas da população do estado.

Fonte: G1

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