Nos últimos sete dias, os Estados Unidos bateram um recorde desde 2003 ao executar cinco indivíduos condenados à morte. A quantidade de execuções em tão curto período não era vista no país há quase duas décadas.
Os EUA, que são o quarto maior país em número de execuções do mundo, voltaram a praticar a pena de morte no mês de julho, após um hiato de praticamente um ano e meio.
Entre as execuções que ocorreram na última semana estava a de Dustin Higgs, que foi condenado pelo sequestro e assassinato de três mulheres em 1996. A execução de Higgs foi a primeira realizada sob o governo de Joe Biden, que se opõe à pena de morte e já havia prometido trabalhar para abolir a prática.
Segundo especialistas, a pressa em levar a cabo as execuções se dá pelo fato de que a pena de morte é uma questão controversa e que pode ser suspensa a qualquer momento, dependendo das políticas do governo em exercício. Além disso, a pandemia de Covid-19 também pode ter influenciado na decisão, já que com a disseminação do vírus, a realização de execuções ficou mais difícil de ser realizada.
Apesar das críticas de ativistas e organizações de direitos humanos, a pena de morte continua sendo uma prática legal em 27 dos 50 estados dos EUA, incluindo a capital federal Washington D.C. No entanto, o número de execuções tem diminuído ao longo dos anos, com cada vez mais estados abolindo a pena de morte em suas legislações.
Fonte:
G1