Cientistas descobrem o mais antigo DNA humano na África do Sul
Uma equipe de cientistas decifrou o DNA humano mais antigo já encontrado na África do Sul, revelando novas informações sobre a ancestralidade humana e seu padrão de migração pelo continente. O estudo foi liderado por especialistas da Universidade de Witwatersrand, na cidade de Joanesburgo, e publicado na revista científica “Nature”.
A descoberta foi feita a partir de um fragmento de osso do fêmur de uma mulher de 2,4 milhões de anos, pertencente à espécie Paranthropus robustus, encontrada no sítio arqueológico de Drimolen, cerca de 50 km ao norte de Joanesburgo. Os cientistas conseguiram extrair o DNA do osso, algo considerado extremamente desafiador pela idade e condições de preservação.
Após a decifração do DNA, os pesquisadores conseguiram identificar genes específicos relacionados à pigmentação da pele, cabelos e olhos da mulher, bem como a mestiçagem entre diferentes grupos de hominídeos que ocorreram no passado. Além disso, foi possível traçar o padrão de migração de grupos humanos pela região da África.
Em entrevista coletiva, o líder da equipe de pesquisadores, o professor Andy Hack, afirmou que a descoberta é um marco para a compreensão da evolução humana. “Agora podemos viajar no tempo e ver a aparência de uma mulher que viveu há 2,4 milhões de anos. É um feito incrível e uma oportunidade única para entender nossa ancestralidade”, disse.
A descoberta também reforça a importância da África como berço da humanidade, sendo o continente onde surgiram nossos ancestrais mais antigos. O estudo foi financiado pela National Science Foundation, e é mais um passo importante na busca por respostas sobre a história da espécie humana.