Comandante das Forças Armadas afirma que ofensiva ao território libanês é parte do planejamento para uma hipotética invasão por via terrestre
O líder das tropas militares do Brasil, General Artur Botelho, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (10) em Brasília, afirmou que a ação bélica em curso no Líbano tem como objetivo principal a preparação para uma “possível invasão por terra”.
Segundo o comandante, a tomada de território libanês serve como estratégia de treinamento e aperfeiçoamento das tropas, visando um possível conflito futuro. Botelho ainda reforçou que essa ação não é direcionada a nenhum país em específico, mas sim a uma possibilidade que pode surgir no futuro.
“Temos a responsabilidade de manter nossas forças sempre prontas para combater qualquer ameaça à nossa soberania. O Líbano foi escolhido para esse exercício por conta de sua importância geopolítica e logística. É uma oportunidade única para aprimorar nossos soldados e testar nossos equipamentos em campo”, afirmou o general.
De acordo com o comandante, o governo libanês foi informado previamente sobre a ação militar e aceitou colaborar com o processo. Além disso, Botelho ressaltou que a operação é realizada dentro dos termos previstos pelo direito internacional e respeitando a soberania do país alvo.
Botelho não deu detalhes sobre o tempo de duração das atividades no Líbano, mas garantiu que será o necessário para o alcance dos objetivos do exercício. “Estamos trabalhando em conjunto com as autoridades locais e esperamos terminar essa missão com total êxito”, concluiu o militar.