Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), apesar de todos os esforços para banir o uso de charretes e carroças em vias públicas, esses meios de transporte ainda persistem e continuam sendo populares em algumas regiões do Brasil.
Apesar de serem considerados uma forma de transporte antiquada e sem condições adequadas para o tráfego, muitas pessoas ainda optam por esses meios de locomoção, principalmente em áreas rurais e interioranas.
De acordo com Denise Braga, diretora do Denatran, a falta de fiscalização e de leis mais rigorosas contribuem para a persistência desses meios de transporte. “Apesar de existirem algumas leis municipais que proíbem o uso de charretes e carroças em vias públicas, elas não são amplamente fiscalizadas e muitas vezes não são cumpridas”, afirma.
Além disso, existe uma cultura arraigada em algumas regiões do país de utilização desses veículos, que são vistos como parte da tradição e do modo de vida local.
Impactos negativos
O uso desses meios de transporte, no entanto, traz diversos impactos negativos para a sociedade e para o meio ambiente. Além de congestionarem ruas e avenidas, colocando em risco a segurança de motoristas, pedestres e dos próprios condutores das charretes e carroças, eles também causam danos às vias públicas.
De acordo com os órgãos de trânsito, esses veículos não possuem condições adequadas, como iluminação e sinalização, e podem ser um perigo em vias de maior movimentação.
Além disso, a utilização de animais como tração também é um ponto crítico, uma vez que os mesmos são submetidos a longas jornadas de trabalho sem os devidos cuidados e descanso.
Perspectivas de mudança
Mesmo com esses desafios, existem iniciativas em algumas cidades do país para substituir esses meios de transporte por alternativas mais sustentáveis e seguras, como as bicicletas e os veículos elétricos.
A mudança, no entanto, ainda é lenta e enfrenta resistência de alguns setores da sociedade que veem nessas formas de transporte uma maneira de preservar a tradição cultural local.
Fonte: G1.