De acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina, a economia do país sofreu um encolhimento ainda maior do que o esperado no último trimestre. A contração registrada foi de 5,8%, enquanto a previsão era de uma queda de 5,2%. Esse resultado é mais um reflexo da profunda recessão que o país vem enfrentando há alguns anos.
Os dados mostram que o principal responsável pela queda foi o setor industrial, que apresentou um recuo de 7,6%, seguido pelo de serviços, com 6,3%. Já o setor agrícola foi o único a registrar um crescimento (1,2%). Essa queda na produção também teve impacto nas exportações, que tiveram uma redução de 6,3%, afetando negativamente a balança comercial do país.
Além disso, os investimentos também apresentaram uma queda de 11,3%, mostrando que as empresas estão cada vez mais reticentes em investir em meio à instabilidade econômica e política. O consumo das famílias também foi afetado, registrando um recuo de 4,8%.
Muitos analistas apontam que o cenário político turbulento da Argentina, com a queda do peso frente ao dólar e a inflação acelerada, tem sido um dos principais fatores para a recessão. No entanto, o governo vem tomando medidas, como o aumento das taxas de juros e o acordo com o FMI, para tentar reverter esse quadro. Resta agora aguardar os próximos resultados e torcer por uma recuperação da economia do país vizinho.
Fonte: G1
