O cenário econômico na Argentina tem se mostrado cada vez mais preocupante. De acordo com dados oficiais divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC), a recessão no país se aprofundou no primeiro semestre deste ano, ultrapassando as expectativas mais pessimistas.
Segundo o INDEC, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina sofreu uma queda de 5,8% no segundo trimestre de 2019 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse é o pior resultado registrado desde a crise financeira de 2009. Além disso, o PIB também apresentou uma diminuição de 0,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano. A expectativa inicial era de uma queda de 1,4%.
Baixo consumo, aumento do desemprego e da inflação, além de uma redução nos investimentos e nas exportações, têm sido apontados como os principais fatores que contribuíram para o agravamento da recessão econômica na Argentina. A crise política e as incertezas relacionadas às eleições presidenciais, que acontecem em outubro deste ano, também geram instabilidade no país.
Para tentar controlar a situação, o governo vem adotando medidas econômicas, como a redução das taxas de juros e a elevação do salário mínimo. No entanto, os resultados ainda não foram suficientes para impulsionar a economia argentina. Além disso, o país enfrenta uma forte desvalorização da moeda nacional, o peso argentino, que tem impactado negativamente na vida da população.
De acordo com analistas econômicos, a perspectiva é de que a recessão se mantenha ao longo deste ano, com uma possível melhora nos indicadores apenas em 2020. No entanto, isso dependerá das medidas que serão adotadas pelo próximo governo, que terá a difícil tarefa de reverter o cenário atual e promover o crescimento econômico da Argentina.
Fonte: G1