Aumento de deepfakes pornográficos em escolas é tema de preocupação após caso de nudes falsos em Itararé. Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, tem sido cada vez mais frequente a criação de deepfakes pornográficos envolvendo estudantes. Através da manipulação de vídeos e imagens, é possível criar conteúdos falsos e muitas vezes extremamente realistas, que colocam a privacidade e a dignidade de jovens em risco.
Em Itararé, uma cidade do interior de São Paulo, um caso de deepfake envolvendo alunas de uma escola estadual foi descoberto e denunciado após uma das vítimas reconhecer suas próprias imagens manipuladas circulando em grupos de WhatsApp. A partir desse caso, surgiram diversos questionamentos e aprendizados sobre o aumento desses conteúdos pornográficos falsos e seus impactos em instituições de ensino.
Como os deepfakes são criados?
Os deepfakes são produzidos através de softwares de inteligência artificial que utilizam algoritmos conhecidos como Generative Adversarial Networks (GANs). Essa tecnologia permite a criação de conteúdos fictícios a partir de imagens e vídeos reais, permitindo a manipulação de rostos, vozes e até mesmo corpos. Com a facilidade de acesso a esses softwares e tutoriais disponíveis online, qualquer pessoa pode produzir deepfakes com pouco conhecimento técnico.
Impacto nas escolas
O caso de Itararé demonstrou que as escolas não estão imunes a esse tipo de conteúdo. Através das redes sociais, os deepfakes podem ser facilmente compartilhados e viralizados, causando grande constrangimento e danos psicológicos às vítimas. Além disso, quando as imagens ou vídeos são associados a instituições de ensino, há uma perda de credibilidade e confiança.
Outro fator preocupante é que muitas vezes os deepfakes são criados e compartilhados entre estudantes, colocando a segurança e intimidade dos alunos em risco dentro da própria escola. Nesse contexto, é importante que as instituições de ensino discutam e abordem o assunto com seus alunos, orientando sobre o uso ético e responsável da tecnologia e alertando para os perigos da disseminação de deepfakes.
O caso de Itararé também despertou a discussão sobre a necessidade de leis mais específicas e rigorosas para crimes envolvendo deepfakes pornográficos. No Brasil, já existem projetos de lei em andamento que buscam criminalizar a criação e disseminação de deepfakes de cunho sexual, aplicando penas aos responsáveis por violação de privacidade e danos morais.
Conteúdo adaptado do G1, disponível em: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2019/10/25/caso-dos-nudes-falsos-em-itarare-aumenta-preocupacao-com-deepfakes-pornograficos-em-escolas-aprenda-o-que-sao-e-como-sao-criados.ghtml