Após a eliminação de um importante comandante do Hamas em Gaza pelo exército de Israel, espera-se que o país aumente suas ações militares na região até as eleições presidenciais dos Estados Unidos. A morte do líder do grupo palestino, Bahaa Abu al-Ata, foi anunciada pelo exército israelense na última terça-feira (12) e confirmada pelo Hamas.
O comandante do Hamas foi morto em um ataque aéreo em sua casa na Faixa de Gaza. Segundo o exército israelense, Abu al-Ata era responsável por uma série de ataques contra Israel nos últimos meses e era visto como uma das principais figuras militares do Hamas na região.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu a ação militar, afirmando que Abu al-Ata era um “terrorista desenfreado” e que o país estava apenas se defendendo. No entanto, o líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniya, classificou a morte de Abu al-Ata como um “crime” e prometeu “uma ferrenha resposta” à ação de Israel.
Com a eliminação do comandante do Hamas, é esperado que Israel intensifique suas operações militares na região nas próximas semanas até as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que acontecem em 2020. O governo americano é um importante aliado de Israel e a postura do país sobre o conflito entre israelenses e palestinos pode influenciar nas próximas eleições.
A expectativa é que o aumento das operações militares de Israel cause preocupação nas organizações de direitos humanos, já que os ataques costumam ter impacto também sobre a população civil de Gaza. Nos últimos anos, as tensões entre os dois lados aumentaram, com vários episódios de violência causados pelos confrontos entre as forças israelenses e os militantes do Hamas.
Em resposta à morte de Abu al-Ata, o Hamas lançou uma série de foguetes em direção a Israel, que respondeu com mais ataques aéreos na Faixa de Gaza. A ONU teme que a escalada de violência possa resultar em um conflito ainda mais intenso entre os dois lados.
Fonte: G1. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/11/12/apos-morte-de-lider-do-hamas-israel-deve-intensificar-guerra-antes-das-eleicoes-dos-eua.ghtml. Acesso em: 15 nov. 2019.