Devido à falta de injeção letal, a execução do homem condenado pela morte da filha em decorrência da “síndrome do bebê sacudido” no Texas foi adiada para o mês que vem. A data originalmente marcada para hoje foi alterada pela juíza devido à dificuldade de obtenção da droga necessária para a execução.
A criança morreu aos 4 meses de vida em 2000, após ser fortemente sacudida pelo pai, que alegava tentar acalmá-la. Após oito anos de processos judiciais, ele acabou condenado à pena de morte em 2014. Desde então, estão sendo feitas tentativas de realizar a execução, porém todas foram frustradas por problemas na obtenção do coquetel de drogas letais.
A ausência da injeção para realizar a execução provocou uma reação da defesa, que considera a falha como uma demonstração de que o estado está tendo dificuldades para cumprir o que foi determinado pela justiça. A juíza não fixou nova data para o caso, mas afirmou que a execução deve ocorrer em julho.
A decisão foi tomada depois de um dia inteiro de discussões entre defesa e acusação, que debateram a disponibilidade do medicamento utilizado nas injeções letais. A juíza informou que se o estado não conseguir fazer a compra dos fármacos até julho, a execução do condenado pode ser adiada novamente.
Segundo um documento divulgado pelo Departamento de Justiça Criminal do Texas, a última execução no estado foi realizada em setembro de 2018. Desde então, mais de 200 presos foram comutados para prisão perpétua ou tiveram as penas convertidas para prisão no mínimo de 40 anos, incluindo cinco condenados à pena capital. Além disso, outras sete execuções foram adiadas por falta de injeção letal.
Fonte: G1