A fabricação de cocaína na Colômbia quebrou um novo recorde histórico, registrando um aumento de 53% em relação ao ano anterior, de acordo com o relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta terça-feira (6).
O país sul-americano, que é o maior produtor de cocaína do mundo, teve uma produção estimada de 1.646 toneladas em 2019, um aumento significativo em relação às 1.079 toneladas produzidas em 2018. Isso representa um recorde histórico, ultrapassando a produção anterior de 2017, que foi de 1.379 toneladas.
Os dados da ONU também mostram que a área utilizada para a plantação de coca aumentou em 26%, chegando a 154.000 hectares em 2019. A maior parte dessas plantações (60%) se concentra em regiões predominantemente rurais, como Antioquia, Cauca, Norte de Santander e Putumayo.
Segundo o relatório da ONU, o aumento da produção de cocaína na Colômbia está relacionado a vários fatores, incluindo a migração de plantações de coca para áreas remotas de difícil acesso, onde as autoridades têm menos presença e controle. Além disso, os altos preços da cocaína no mercado internacional também impulsionam o cultivo da folha de coca, o principal ingrediente da droga.
O país tem enfrentado desafios na luta contra o narcotráfico e a produção de cocaína, mas o governo colombiano afirma estar intensificando seus esforços para combater esse problema. Em 2019, a polícia apreendeu o equivalente a mais de 437 toneladas de cocaína e destruiu mais de 100 mil hectares de plantações ilegais de coca.
De acordo com a ONU, a produção de cocaína na Colômbia tem impacto direto no mercado global de drogas e na segurança de outros países, uma vez que a maioria da cocaína produzida no país é exportada para o exterior. Também é uma questão preocupante para as autoridades colombianas, que lidam com o aumento da violência e do narcotráfico em seu território.