O surgimento do Hezbollah a partir da invasão israelense ao Líbano em 1982 foi um marco na história do país e da região do Oriente Médio. Após a tomada de Beirute pelos israelenses, um grupo formado por jovens xiitas, liderados por Abbas Mussawi e apoiados pelo Irã, surgiu como uma força de resistência contra a ocupação estrangeira.
A partir de então, o Hezbollah, que significa “Partido de Deus” em árabe, se estabeleceu como uma organização político-militar, com o objetivo de lutar pela libertação do Líbano e combater a presença israelense na região. Seus membros recebiam treinamento militar e apoio logístico do Irã e da Síria.
O grupo se tornou cada vez mais influente no país, criando uma forte rede de assistência social e serviços básicos para a população carente, o que lhe garantiu ampla popularidade. Ao mesmo tempo, o Hezbollah também realizava ações armadas contra as forças israelenses e seus aliados libaneses, como o episódio do sequestro de soldados israelenses em 1986.
Com o fim da guerra civil no Líbano em 1990, o Hezbollah se tornou uma força política importante, ganhando representação no parlamento e influenciando nas decisões do governo. Porém, o grupo continuou a realizar ataques contra Israel, que levaram à retaliação do país vizinho e a uma nova onda de conflitos entre as duas nações.
Hoje, o Hezbollah é considerado um dos principais atores político-militares no Líbano, com forte apoio da população xiita do país e aliados em outros países, como o Irã e a Síria. Além disso, é visto como uma importante força de resistência contra Israel, com células espalhadas por toda a região e capacidade de atingir o território israelense com mísseis e outras armas.
Fonte: G1